Vice-prefeito sinaliza que pode desistir de assumir prefeitura de Serra Branca
O atual vice-prefeito de Serra Branca, Guilherme Gaudêncio, revelou nesta segunda-feira (24) que não deverá aceitar assumir a Prefeitura de Serra Branca após ser convocado oficialmente pela Câmara de Vereadores. Segundo ele, o que lhe fizeram na última sexta-feira (21) quando inviabilizaram sua posse foi uma demonstração clara de descompromisso com a cidade por parte do presidente da Câmara, Joda Zuza, e do atual gestor, Eduardo Torreão, que preferiram deixar a cidade num grande clima de instabilidade política a permitir que a decisão judicial fosse cumprida.
Guilherme afirmou que não precisa do cargo de prefeito e se colocou a disposição para assumir a função, a fim de concluir um mandato do qual ele contribuiu para conquistar. Segundo ele, não há mais intenção de sua parte em tomar posse no comando da Prefeitura de Serra Branca. Seu comunicado oficial deverá ser feito assim que for interpelado pelo Legislativo Municipal.
Desdobramentos
Com a provável renúncia de Guilherme Gaudêncio, caberá ao Presidente da Câmara de Vereadores, Joda Zuza, assumir o comando do Executivo Municipal. O problema é que Joda é atual candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Dudu e de acordo com o Art, 14, § 5.º e 6.º da Constituição Federal, o prefeito ou quem o suceder só pode concorrer aos demais cargos (vice e vereador) afastando-se seis meses antes do pleito, exceção dada a quem concorre à reeleição.
Com isso, caso assuma o Executivo Municipal, Joda precisará ser escolhido candidato a prefeito na chapa situacionista, após a também provável saída de Dudu da chapa majoritária, ou ficará de fora da eleição deste ano. Uma vez assumindo a Prefeitura, Joda também inviabilizará a candidatura de seu filho, Diógenes Sales, pelo grau de parentesco e proximidade do pleito.
Se Joda não for indicado pelo grupo como o possível candidato a prefeito em substituição ao prefeito Eduardo Torreão (PMDB), ele também poderá não aceitar assumir o comando do município, o que abriria precedente para que o juiz da Comarca de Serra Branca assumisse a função ou até determinasse uma forma de escolha legítima para o mandato tampão de 4 meses que restam da atual gestão.
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