Paralisação nas obras da transposição afeta economia local.


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A saída da construtora Delta do canteiro de obra do Lote 6 da Transposição das Águas do Rio São Francisco, em Mauriti, na Região do Cariri do Ceará, vem causando transtorno à cidade. A obra, orçada em torno de R$ 260 milhões , foi paralisada. Os 1.200 funcionários foram demitidos, ficando apenas 4 pessoas trabalhando na empresa.

Segundo o prefeito Isaac Júnior (PT) com a paralisação das obras surgiram dois problemas. O primeiro que a obra terá que ser recuperada, ou seja, os trechos feitos até agora vão se deteriorar e terão que ser gastos mais recursos.

O outro problema diz respeito à questão social criada com a saída da empresa. ”Imagine 1.200 pessoas demitidas numa cidade como a nossa, cria um custo social alto, um problema social, que infelizmente não teremos como resolver com facilidade”, afirma.

O prefeito alerta que o município não tem como resolver essa questão. “É como se tirasse o programa Bolsa Família de Mauriti”, afirma. Para o professor Cartaxo Melo, o desemprego afeta demais a cidade. Ele lembra que são 1.200 empregos diretos, mas se somar os empregos indiretos pode chegar a 3.000 pessoas. “Acredito inclusive que essa paralisação das obras cria outro problema além do desemprego em Mauriti, que é a crise no setor da construção civil”, afirma.

Segundo o professor, coma chegada da Delta na cidade e os empregos criou-se uma expectativa de crescimento, daí muita gente começou a construir casas e deu-se um boom nas empresas que comercializam material de construção.

Não há dados oficiais, alerta o professor mas se estima uma queda de até 50% nas vendas. Além disso, os preços dos aluguéis que tinham disparado começam a cair.

Pessimismo
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, admitiu semana passada ao jornal O Estado de S. Paulo que o governo pretende romper o contrato de obras de um dos lotes da transposição do Rio São Francisco, em Mauriti (CE), pelo qual a Delta ainda tinha mais de R$ 100 milhões de obras a executar.

Segundo adiantou o ministro, o que falta ser construído passará por nova licitação, provavelmente em setembro. “Eles pararam a obra sem ter causa justificável para parar, estamos caminhando mesmo para rescindir o contrato”, disse o ministro, descartando a hipótese decontinuar a obra com as demais empreiteiras que integram o Consórcio Nordestino - EIT e Getel.

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