Mesmo assim, estimativa segue acima do BC (2,5%) e do mercado (1,9%). Nova estimativa consta no relatório de receitas e despesas do orçamento.
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão cortou de 4,5% para 3% a previsão de alta no Produto Interno Bruto (PIB) de 2012. A decisão está no relatório bimestral de receitas e despesas do orçamento, divulgado nesta sexta-feira (20).
Apesar da previsão de alta mais modesta, o governo segue acreditando que a economia terá aceleração neste ano – em 2011, a taxa de expansão foi de 2,7%.
O Planejamento também continua mais otimista que o Banco Central, que prevê alta de 2,5% no PIB deste ano (menor, portanto, que a registrada no ano passado). Os economistas do mercado financeiro, por sua vez, têm uma previsão pior ainda: de uma alta de 1,9%.
Crise financeira
O corte na estimativa de crescimento do PIB deste ano acontece em meio aos efeitos da crise financeira internacional, que tem impactado todas as economias do planeta.
"No cenário internacional, as mais recentes decisões dos líderes europeus afastaram a possibilidade de uma crise bancária no curto prazo, mas a falta de crescimento e o encolhimento do comércio continuam a predominar nas economias avançadas", informou o governo no relatório do orçamento.
Segundo o documento, o "Brasil está preparado e em melhor situação relativa aos países centrais e mesmo ao próprio evento da crise em 2008 e 2009". "A retomada do crescimento está ocorrendo de maneira gradual, visto que diversas medidas de estímulo adotadas pelo Governo brasileiro ainda não afetaram plenamente a atividade econômica", acrescentou.
De acordo com a avaliação da área econômica, espera-se que a economia brasileira apresente aceleração de crescimento no 2º semestre de 2012 em função das medidas já adotadas.
Medidas para combater desaceleração da economia
Para combater a desaceleração econômica, o governo tem anunciado uma série de medidas. Além das reduções da taxa básica de juros, feitas desde agosto do ano passado (atualmente a taxa está em 8% ao ano, a menor da história), e do esforço para que o dólar fique acima de R$ 2, para estimular as exportações, a equipe econômica também avançou no processo de desoneração da folha de pagamentos.
Também foi anunciada a liberação de R$ 20 bilhões em crédito para os estados, um programa governamental de compras de R$ 8,4 bilhões, a manutenção do IPI reduzido para a linha branca e móveis, o corte do IOF para empréstimos de pessoas física e a liberação mais de R$ 50 bilhões em compulsórios neste ano para os bancos.
Integrantes da equipe econômica têm dito publicamente que esperam uma aceleração do PIB no segundo semestre deste ano. Para Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria, porém, as ações do governo devem começar a ser sentidas apenas a partir do ano que vem. “A gente sabe que não há otimismo da indústria em relação aos próximos meses, o empresário está com muita cautela agora”, afirmou ele nesta sexta-feira.
Sem liberação de recursos
O Ministério do Planejamento informou que, após reajustar suas previsões para as receitas e despesas no ano de 2012, não houve liberação extra de recursos, mas também não foi necessário aumentar o bloqueio de verbas – que somou R$ 55,3 bilhões em relação aos valores aprovados pelo Congresso Nacional.
O governo informou que a previsão para as receitas administradas (impostos e contribuições federais) neste ano sofreu redução de R$ 13,3 bilhões. "Essa redução envolveu a maioria das receitas e se concentrou principalmente nas projeções de arrecadação do IR, da Cide e de outras administradas pela RFB, sendo compensada pelo aumento nas projeções de arrecadação da Cofins e do PIS/Pasep", informou.
A previsão de arrecadação previdenciária, entretanto, ficou R$ 3 bilhões maior, por conta de um maior crescimento estimado na massa salarial, e também subiram, em R$ 6,2 bilhões, as chamadas "demais receitas" – que englobam dividendos e participações (R$ 3 bilhões), receita própria (R$ 1,9 bilhão), cota-parte de compensações financeiras (R$ 1,3 bilhão) e contribuição do salário-educação (R$ 1,0 bilhão).
A projeção para as despesas obrigatórias, por sua vez, subiu em R$ 412 milhões, e também foi computada a liberação de R$ 500 milhões em créditos extraordinários.
Apesar da previsão de alta mais modesta, o governo segue acreditando que a economia terá aceleração neste ano – em 2011, a taxa de expansão foi de 2,7%.
O Planejamento também continua mais otimista que o Banco Central, que prevê alta de 2,5% no PIB deste ano (menor, portanto, que a registrada no ano passado). Os economistas do mercado financeiro, por sua vez, têm uma previsão pior ainda: de uma alta de 1,9%.
Crise financeira
O corte na estimativa de crescimento do PIB deste ano acontece em meio aos efeitos da crise financeira internacional, que tem impactado todas as economias do planeta.
"No cenário internacional, as mais recentes decisões dos líderes europeus afastaram a possibilidade de uma crise bancária no curto prazo, mas a falta de crescimento e o encolhimento do comércio continuam a predominar nas economias avançadas", informou o governo no relatório do orçamento.
Segundo o documento, o "Brasil está preparado e em melhor situação relativa aos países centrais e mesmo ao próprio evento da crise em 2008 e 2009". "A retomada do crescimento está ocorrendo de maneira gradual, visto que diversas medidas de estímulo adotadas pelo Governo brasileiro ainda não afetaram plenamente a atividade econômica", acrescentou.
De acordo com a avaliação da área econômica, espera-se que a economia brasileira apresente aceleração de crescimento no 2º semestre de 2012 em função das medidas já adotadas.
Medidas para combater desaceleração da economia
Para combater a desaceleração econômica, o governo tem anunciado uma série de medidas. Além das reduções da taxa básica de juros, feitas desde agosto do ano passado (atualmente a taxa está em 8% ao ano, a menor da história), e do esforço para que o dólar fique acima de R$ 2, para estimular as exportações, a equipe econômica também avançou no processo de desoneração da folha de pagamentos.
Também foi anunciada a liberação de R$ 20 bilhões em crédito para os estados, um programa governamental de compras de R$ 8,4 bilhões, a manutenção do IPI reduzido para a linha branca e móveis, o corte do IOF para empréstimos de pessoas física e a liberação mais de R$ 50 bilhões em compulsórios neste ano para os bancos.
Integrantes da equipe econômica têm dito publicamente que esperam uma aceleração do PIB no segundo semestre deste ano. Para Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria, porém, as ações do governo devem começar a ser sentidas apenas a partir do ano que vem. “A gente sabe que não há otimismo da indústria em relação aos próximos meses, o empresário está com muita cautela agora”, afirmou ele nesta sexta-feira.
Sem liberação de recursos
O Ministério do Planejamento informou que, após reajustar suas previsões para as receitas e despesas no ano de 2012, não houve liberação extra de recursos, mas também não foi necessário aumentar o bloqueio de verbas – que somou R$ 55,3 bilhões em relação aos valores aprovados pelo Congresso Nacional.
O governo informou que a previsão para as receitas administradas (impostos e contribuições federais) neste ano sofreu redução de R$ 13,3 bilhões. "Essa redução envolveu a maioria das receitas e se concentrou principalmente nas projeções de arrecadação do IR, da Cide e de outras administradas pela RFB, sendo compensada pelo aumento nas projeções de arrecadação da Cofins e do PIS/Pasep", informou.
A previsão de arrecadação previdenciária, entretanto, ficou R$ 3 bilhões maior, por conta de um maior crescimento estimado na massa salarial, e também subiram, em R$ 6,2 bilhões, as chamadas "demais receitas" – que englobam dividendos e participações (R$ 3 bilhões), receita própria (R$ 1,9 bilhão), cota-parte de compensações financeiras (R$ 1,3 bilhão) e contribuição do salário-educação (R$ 1,0 bilhão).
A projeção para as despesas obrigatórias, por sua vez, subiu em R$ 412 milhões, e também foi computada a liberação de R$ 500 milhões em créditos extraordinários.
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Economia