O Governo da Paraíba prossegue com o trabalho de perfuração de poços em cidades atingidas pela estiagem. Este ano, as perfuratrizes da Companhia de Desenvolvimento dos Recursos Minerais (CDRM) já perfuraram 96 poços artesianos em rochas cristalinas, no semiárido paraibano, para ajudar no abastecimento humano e animal. Mais de 350 poços estão programados para serem perfurados em vários municípios, por meio de projetos apresentados nas plenárias do Orçamento Democrático e de projetos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep). O chefe da Divisão de Hidrogeologia e Sondagens da CDRM, Milton Mafra, revela que os poços estão em pequenas comunidades rurais e cada um deles atende em média a demanda de cinco ou mais famílias. Já foram perfurados poços em Nazarezinho, Queimadas, Sumé, Caraúbas, Bananeiras, Nova Palmeira, São Sebastião do Umbuzeiro, Emas, Pocinhos, São José do Sabugi e Barra de Santana. Até a próxima segunda-feira (23), as equipes da CDRM vão retomar perfuração de poços em Boa Vista, Caraúbas e Campina. No atendimento da demanda do Funcep, a CDRM vai perfurar mais 64 poços artesianos, e pela agenda do Orçamento Democrático mais 249. Na zona rural de Campina Grande deverão ser perfurados 43 poços. A profundidade máxima desses poços é de 50 metros, mas a média tem sido 35 metros. A vida útil de um poço, de acordo com a vazão de 1.500 litros por hora, é de mais de 20 anos. No Cariri, quando a água não é própria para o consumo humano, é utilizada para atender os rebanhos. De acordo com Milton Mafra, a previsão é de que a partir de agosto comece a instalação dos equipamentos nos poços para que eles passem a ofertar água para o homem do campo. Para funcionar, os poços necessitam de catavento e bombas. No município de Barra de Santana, na microrregião do Cariri Oriental, os 8,2 mil habitantes, terão um reforço na oferta d'água com 15 novos poços. Em Caraúbas serão 13 poços. A prioridade agora é a perfuração ou desobstrução de poços públicos. Em 2011, a CDRM perfurou 26 e desobstruiu outros seis. O chefe da Divisão de Hidrogeologia e Sondagens da CDRM, Milton Mafra, explica que a companhia também perfura poços em propriedades particulares, por meio de contrato com o interessado. No entanto, nesse período de estiagem a prioridade é atender a demanda pública do Governo do Estado, do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza – programa do governo estadual ligado à Secretaria do Planejamento e Gestão –, e de prefeituras. A Paraíba tem 12 mil poços cadastrados e cerca de seis mil estão inoperantes. |
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