Família vai participar de culto de ação de graças em Saquarema.
Gustavo dormiu a sua primeira noite em casa, em São Gonçalo.
Pais reecontram filho sequestrado.
"Foi uma noite muito tranquila. Ele dormiu na cama com a gente. Fiquei muito feliz de acordar com o chorinho dele. Ele só chora quando se sente incomodado, com a fralda suja. Nem para mamar ele chora. Mama muito, mas sou eu que tenho de acordar para dar o peito. Se não, ele dorme direto. Não incomoda para nada", contou Gabriela Sabino Pereira, de 18 anos, mãe do bebê Gustavo sequestrado em Saquarema, na Região dos Lagos, na última sexta-feira (6), com quatro dias de nascido.Depois de deixar a delegacia de Saquarema, Gabriela, o marido e o bebê seguiram direto para casa, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Ela disse que não pretende mais dormir na casa dos parentes, depois do sequestro. Esta, foi a primeira noite que Gustavo dormiu em casa, em São Gonçalo, desde que nasceu. A mãe preferiu dar a luz em Saquarema, já que a avó da criança trabalha em um hospital da cidade.
Ela conta que viveram momentos terríveis, mas que o susto maior e a aflição de não saber se o filho estava sendo bem cuidado já passaram. "Vamos voltar a Saquarema outras vezes, até porque minha família é de lá. Mas dormir, só em casa", disse Gabriela, destacando que na noite desta segunda-feira vai participar de culto de ação de graças em Saquarema.
Suspeitos podem integrar quadrilha especializada
O delegado Luciano dos Santos, da 124ª DP (Saquarema), na Região dos Lagos, acredita que o assessor parlamentar e ex-candidato a vereador em Saquarema Altair Ferreira dos Santos e a mulher dele, Jéssica Paulino Marinho, podem participar de uma quadrilha especializada em sequestrar crianças. O casal foi preso no início da tarde de domingo (8), suspeito do sequestro do recém-nascido de 6 dias no município. As suspeitas, segundo o delegado, ficaram mais fortes depois da descoberta que o casal teria oferecido até R$ 30 mil a outra muher para que ela entregasse o filho recém-nascido.
"Eles negaram o sequestro e disseram que o bebê (Gustavo) lhes foi entregue por uma mulher que disse que não teria condições de cuidar da criança. Um homem teria feito a intermediação no caso. E contaram também a história de que tentavam o adiantamento do pagamento de R$ 500 mil referentes à herança a que Jéssica teria direito se tivesse um filho. Mas isso é a versão deles. Há essa outra história de oferta de R$ 30 mil por outra criança, o que é muito estranho. Por isso, vamos mais a fundo nessa investigação", disse o delegado.
De acordo com ele, um novo inquérito será aberto para apurar essa oferta. Além disso, o delegado deu início às investigações para prender os dois homens que invadiram a casa da mãe de Gabriela Sabino, na noite de sexta-feira (6) e sequestraram Gustavo.
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