A CPI do Cachoeira enfim produziu sua primeira vítima. Não se trata de governadores enrolados com a Delta, nem de prefeitos amigos de Carlinhos Cachoeira. A assessora parlamentar Denise Rocha, que causou comoção na comissão em função de seus atributos físicos, será demitida do gabinete do senador Ciro Nogueira. O motivo foi a enorme exposição conquistada pela advogada após o vazamento de um vídeo caseiro com cenas de sexo. Há três semanas, nenhum tema é tão comentado na CPI quanto as imagens que passaram de celular em celular, de pendrive em pendrive, de tablet em tablet. - É uma situação complicada, não vejo condições de ela desempenhar o trabalho dela depois disso. Porque ela trabalha nas comissões, não é dentro do gabinete - explicou o senador Ciro Nogueira (PP-PI). Denise, no entanto, não deve ficar de mãos abanando. Pouco após o início da CPI, um emissário da revista "Playboy" a havia procurado. Naquele momento, a assessora rejeitou de pronto a proposta. Com o surgimento do vídeo, na última sexta-feira a revista fez nova investida. Aos 30 anos, praticante de fisiculturismo e com algumas intervenções cirúrgicas para maximizar os predicados que Deus lhe deu, Denise foi aconselhada por amigos a aproveitar a oportunidade de saltar para a fama. Segundo colegas, no ano passado ela teria sido convidada para participar da prova "Afogando o Ganso" do programa "Pânico da TV", mas rejeitou justamente pela incompatibilidade com o cargo que ocupava. Agora, fora do Senado, não haveria mais impedimento. Apesar de ter rejeitado a oferta do "Pânico", Denise já teve seus quinze minutos de fama em maio deste ano, quando foi flagrada circulando com Romário em um hotel de Teresina. O encontro, revelado pelo jornal "Extra", ocorreu quando Romário foi à cidade participar de um jogo festivo. Apesar de os dois negarem o romance, Denise chegou ao hotel no carro do artilheiro e subiu junto com ele no elevador, carregando seu paletó. Na terça-feira, em entrevista ao jornal, Denise prometeu processar os autores do vazamento do vídeo: - Não sei o que é esse vídeo. Não vi. Estou tomando medidas judiciais. É o meu trabalho. Eu estou ali para advogar, não estou para palhaçada - reagiu Denise, que tem um escritório de advocacia em Brasília. O trabalho da polícia, no entanto, não será dos mais simples. Em função da prisão dos autores do vazamento do vídeo da atriz Carolina Dieckmann, boa parte dos integrantes da CPI evitou passar as imagens por e-mail. |
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