Agente da Polícia Federal que atuou no caso "Cachoeira" é assassinado em Brasília


     
Um agente da Polícia Federal que atuou na Operação Monte Carlo foi assassinado na segunda-feira (16) com dois tiros na cabeça.

Wilton Tapajós Macedo estava no cemitério Campo da Esperança, em Brasília.

Foi na Monte Carlo que o empresário Carlinhos Cachoeira foi preso, em fevereiro deste ano.

Segundo a versão oficial da PF, Tapajós, como era conhecido, visitava o túmulo dos pais. Porém, como ele estava no local em horário de trabalho, colegas levantaram a suspeita de que ele estava em missão.

Foram instaurados dois inquéritos para investigar o caso, um da Polícia Civil do Distrito Federal e outro da própria PF.

Há várias linhas de investigação. Uma delas é que ele tenha sido vítima de latrocínio, uma vez que o automóvel com que chegou ao local onde foi morto, um Gol branco, foi levado.

Horas após a morte, o serviço de inteligência da PM comunicou que um Gol branco suspeito foi visto na divisa do Distrito Federal com Goiás.

Tapajós,56, trabalhava na PF há 24 anos. Atualmente estava lotado no Núcleo de Inteligência Policial da Superintendência da PF no Distrito Federal, exatamente a unidade que comandou a Monte Carlo.

O agente, no entanto, atuou em diversas investigações de risco. Já havia atuado no núcleo de combate ao narcotráfico e investigado casos de pedofilia.

Antes, o agente atuou na segurança de pessoas que estão no programa de proteção à testemunha.

Um coveiro do cemitério presenciou o assassinato. Ele comunicou a direção do local, que chamou a Polícia Militar. Coube à PM informar a PF.

O agente tinha mulher e três filhos, que chegaram ao local no fim do dia. Em 2010, Tapajós concorreu ao cargo de deputado distrital pelo PTB. Teve 188 votos.

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