Velório de aluno morto em explosão de mina é marcado por mal-estar entre família e representante do Exército.


O velório do aluno, numa capela do Cemitério do Caju
O velório do aluno, numa capela do Cemitério do Caju .

Um mal-estar tomou conta do velório do aluno do curso de formação de sargentos do Exército Vinícius Figueira Benedicto Eugênio, de 22 anos, morto na explosão de uma mina, no Cemitério do Caju, na Zona Portuária do Rio, na manhã desta sexta-feira. A família do rapaz está requisitando um jazigo perpétuo para enterrá-lo - a sepultura destinada a ele é temporária e, em três anos, o corpo terá que ser exumado e os restos mortais serão entregues para os parentes.
- O Exército deveria colocar os alunos numa sepultura digna - disse, exaltada, Roselaine Figueira, tia de Vinícius.
Já o coronel Abílio Lima, relações-públicas do Comando Militar do Leste (CML), alegou que tudo foi feito de acordo com o desejo da família. Ainda segundo o oficial, dos dez feridos, dois tiveram alta. Outros oito permancem internados e devem ter alta até segunda.
Mais de 200 pessoas aguardam o sepultamento de Vinícius - além de amigos e familiares, muitos colegas do Exército estão no local. Avô paterno do rapaz, o aposentado Augusto Eugênio, de 73 anos, é um dos parentes que estão sendo consolados. Emocionado, ele conta que soube da morte do neto pelo noticiário na TV.
- Agora não tem mais o que fazer. Vou ter que acreditar nisso - disse, chorando, ao lado da esposa.

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