MP devolve novamente inquérito que denuncia Marcelinho PB por estupro.


Promotor diz que delegada deve fazer mais diligências.
Marcelinho Paraíba foi indiciado por estupro.


Polícia Civil mantém indiciamento de Marcelinho por suposta tentativa de estupro (Foto: Karoline Zilah/G1)Inquérito foi devolvido para a Polícia Civil pela
segunda fez.
O promotor Marcus Leite, do Ministério Público em Campina Grande, devolveu na tarde desta quinta-feira (20), para a delegada Herta de Fraça, o inquérito que indicia o jogador Marcelinho Paraíba por estupro. A delegada entregou o segundo inquérito ao MP na quarta-feira (13), após dois meses do fim do prazo delimitado pelo órgão.

Mesmo com o atraso e o Ministério Público tendo dito que enviou dois ofícios pedindo agilidade no processo, o promotor explicou que esses casos demandam tempo e que o suposto atraso é normal. “Às vezes não dá tempo terminar no prazo. O promotor Romualdo Tadeu determinou varias diligências e, dentro do razoável, o promotor concede dilação do prazo”, justificou Marcus Leite. “Não houve atraso. As delegadas fizeram um trabalho muito bem feito”.
A delegada responsável pelo caso cumpriu todas as diligências solicitadas pelo promotor que estava responsável pelo processo anteriormente, Romualdo Tadeu, segundo Marcus Leite. Porém, o inquérito foi devolvido mais uma vez porque essas novas investigações acabam demandando ainda mais aprofundamento do caso.

“Aprova é frágil. Temos a palavra da moça e do irmão, além de duas testemunhas que não viram o que aconteceu e ainda estão se contradizendo”, disse o promotor. “Temos que ter muito cuidado porque não é brincadeira denunciar uma pessoa por estupro em razão de um beijo”, concluiu Leite, acrescentando que, como essa lei é muito recente, de 2009, o caso ainda é subjetivo. Além do jogador, dois amigos foram indiciados por desacato a autoridade.
Jogador Marcelinho Paraíba é levado para carceragem da Central de Polícia de Campina Grande (PB) (Foto: Karoline Zilah/G1)Jogador Marcelinho Paraíba foi detido em
novembro.
Entenda o caso
De acordo com o delegado Fernando Zoccola, a suposta vítima afirmou em depoimento que o crime aconteceu de madrugada em uma festa no sítio do jogador em sua cidade natal, Campina Grande, para comemorar a ascenção do Sport, time em que jogava, à Série A do Campeonato Brasileiro. O caso aconteceu em novembro de 2011.

Segundo ela, Marcelinho forçou um beijo e a agrediu, puxando seus cabelos. A mulher apresentava cortes na boca e foi levada para a Unidade de Medicina Legal (UML) para ser submetida a um exame de corpo de delito.

Além de Marcelinho Paraíba, outros três amigos foram detidos durante o tumulto. Eles foram indiciados por resistência à prisão e desacato a policiais militares. Na ocasião o jogador chegou a ser preso no presídio Serrotão e foi liberado após uma determinação da Justiça.

Durante as investigações o irmão da vítima, o delegado Rodrigo Pinheiro, foi afastado de suas atividades na 5ª Delegacia Distrital de Campina Grande depois de ter sido acusado pelo jogador de ter voltado à festa com a Polícia Militar e ter efetuado disparos, após ter tirado a irmã do local.

Em entrevista no dia da prisão do atleta, Rodrigo Pinheiro negou ter atirado e disse que, na verdade, os policiais militares efetuaram alguns disparos para cima porque estavam sendo cercados por pessoas armadas que queriam impedir a prisão de Marcelinho.

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