Promotor diz que delegada deve fazer mais diligências.
Marcelinho Paraíba foi indiciado por estupro.
Inquérito foi devolvido para a Polícia Civil pela
segunda fez.
O promotor Marcus Leite, do Ministério Público em Campina Grande, devolveu na tarde desta quinta-feira (20), para a delegada Herta de Fraça, o inquérito que indicia o jogador Marcelinho Paraíba por estupro. A delegada entregou o segundo inquérito ao MP na quarta-feira (13), após dois meses do fim do prazo delimitado pelo órgão.segunda fez.
Mesmo com o atraso e o Ministério Público tendo dito que enviou dois ofícios pedindo agilidade no processo, o promotor explicou que esses casos demandam tempo e que o suposto atraso é normal. “Às vezes não dá tempo terminar no prazo. O promotor Romualdo Tadeu determinou varias diligências e, dentro do razoável, o promotor concede dilação do prazo”, justificou Marcus Leite. “Não houve atraso. As delegadas fizeram um trabalho muito bem feito”.
“Aprova é frágil. Temos a palavra da moça e do irmão, além de duas testemunhas que não viram o que aconteceu e ainda estão se contradizendo”, disse o promotor. “Temos que ter muito cuidado porque não é brincadeira denunciar uma pessoa por estupro em razão de um beijo”, concluiu Leite, acrescentando que, como essa lei é muito recente, de 2009, o caso ainda é subjetivo. Além do jogador, dois amigos foram indiciados por desacato a autoridade.
Jogador Marcelinho Paraíba foi detido em
novembro.
Entenda o casonovembro.
De acordo com o delegado Fernando Zoccola, a suposta vítima afirmou em depoimento que o crime aconteceu de madrugada em uma festa no sítio do jogador em sua cidade natal, Campina Grande, para comemorar a ascenção do Sport, time em que jogava, à Série A do Campeonato Brasileiro. O caso aconteceu em novembro de 2011.
Segundo ela, Marcelinho forçou um beijo e a agrediu, puxando seus cabelos. A mulher apresentava cortes na boca e foi levada para a Unidade de Medicina Legal (UML) para ser submetida a um exame de corpo de delito.
Além de Marcelinho Paraíba, outros três amigos foram detidos durante o tumulto. Eles foram indiciados por resistência à prisão e desacato a policiais militares. Na ocasião o jogador chegou a ser preso no presídio Serrotão e foi liberado após uma determinação da Justiça.
Durante as investigações o irmão da vítima, o delegado Rodrigo Pinheiro, foi afastado de suas atividades na 5ª Delegacia Distrital de Campina Grande depois de ter sido acusado pelo jogador de ter voltado à festa com a Polícia Militar e ter efetuado disparos, após ter tirado a irmã do local.
Em entrevista no dia da prisão do atleta, Rodrigo Pinheiro negou ter atirado e disse que, na verdade, os policiais militares efetuaram alguns disparos para cima porque estavam sendo cercados por pessoas armadas que queriam impedir a prisão de Marcelinho.
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